quinta-feira, 25 de março de 2010

Conto de Mistério - Elcius Ferreira - 080

Detetives Mirins

A lua cheia predominava durante o silêncio da noite. A escuridão ciscava na cidade como uma galinha preta. A filha do presidente americano, que viera ao Brasil para uma apresentação de balé, estava na varanda de sua nova mansão, observando os pontinhos de luz na cidade. A pouco tempo havia comido um pudim de leite, bem brasileiro, que era sua sobremesa favorita. Seus olhos azuis sonolentos destacavam-se na escuridão da noite, não resistiu por muito tempo, e se entregou a vontade de deitar e dormir em sua bela cama, mesmo com aquela ventania de agosto, característica da época.
Durante a madrugada, a bela garota de quatorze anos acordou com ruídos, quando se tocou, duas pessoas haviam entrado em seu quarto encapuzados. Amarraram um pano em sua boca, pularam a varanda utilizando rapel e fugiram no helicóptero.
De manhã, bem cedo, os guarda-costas da querida filha do presidente americano, cujo nome era Kelly, uma moça bonita, foram acordá-la para o ensaio de sua apresentação. Ao entrarem não viram a garota, e então começaram a procurá-la em todo quarto. Pouco tempo depois seus rostos estavam pálidos, pois não acharam Kelly, sabiam que ela não tinha saído dali, pois estavam do lado de fora todo o tempo e não a viram passar.
Rapidamente a notícia se espalhou, porém a principal hipótese era de que Kelly teria sido seqüestrada, e com isso os jornais da cidade espalharam a notícia. Cinco adolescentes estavam no seu esconderijo quando souberam que a filha do presidente americano havia sido seqüestrada. Todos eram meninos fortes e todos com quatorze anos. O chefe do grupo desses garotos, que eram detetives mirins, estava pensando em ajudar a solucionar o caso, porém sem ninguém da imprensa saber, todos concordaram. Foram para o banco da praça para pensarem em quem seria capaz de seqüestrar alguém tão importante para o presidente americano. E assim, o líder Pedro, pensou nos seus maiores vilões: Fábio e Fátima. Um casal de velhos que sempre praticava crimes semelhantes, e que nunca foram presos.
Os cinco detetives mirins tomaram a atitude, e assim foram para o esconderijo do casal de velhos que ficava no oeste da cidade. Chegando lá, abriram o portão do galpão e viram, de cara, uma mala velha, que era de um homem desaparecido, que a propósito, o próprio casal o havia seqüestrado. Indo mais para o fundo do galpão, os cinco rapazes avistaram Kelly, e também encontraram o casal. Eles então os cercaram e os amarraram fortemente. E assim foram até Kelly, tiraram o pano de sua boca, desataram os nós que a prendia, e saíram do lugar.
Do lado de fora a polícia estava esperando o resgate, mas o caso já havia sido solucionado.
No dia seguinte, Kelly estava em sua cama, acordou tranquilamente e percebeu que tudo aquilo não havia passado de um estranho sonho. Então, saiu de seu quarto, cumprimentou os guardas e foi preparar-se para sua ‘’colher de sopa’’, chamado de “balé.”




Aluno: Elcius Ferreira Barbosa Junior
Série: 9º ano
Turma: 080

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